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Funesc encerra 2021 celebrando o fortalecimento de políticas públicas e a retomada gradual de seus equipamentos culturais

publicado: 28/12/2021 10h19, última modificação: 04/02/2022 15h11
Noite da música negra paraibana

 

Apesar dos grandes desafios deixados pela pandemia da Covid-19, a Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) encerra o ano de 2021 celebrando o fortalecimento das ações culturais no estado. Com destaque para o Festival Pretitudes – Arte, Cultura e Protagonismo Negro, a Funesc celebrou seu 40º ano de fundação experimentando uma nova forma de receber o público: com a retomada gradual e experimental de suas ações, seguindo todos os protocolos de segurança. O Festival Pretitudes, que aconteceu em novembro, em alusão ao Dia da Consciência Negra e teve a parceria da Secretaria da Mulher e Diversidade Humana (SEMDH), trouxe ações de literatura, teatro e música – esta última resultou na Noite da Música Negra Paraibana, onde intérpretes negros interpretaram compositores negros paraibanos. Parte dos artistas que se apresentaram na programação foram selecionados através de edital público. 

A primeira ação presencial, ainda sem a participação do público, mas com transmissão via TV Funesc, foi a celebração do aniversário da cidade de João Pessoa, no dia 05 de agosto. Os 436 anos da capital foram marcados por uma ‘jam session’ de música e artes visuais. Com produção simultânea e interação artística, a banda Berra Boi criou a trilha sonora que inspirou o artista plástico Flávio Tavares a compor uma tela com o tema ‘A Festa das Neves’. A atividade abriu o projeto ‘Fluxus’. Flávio Tavares marcou ainda o 2021 da Funesc com ‘Claustrum’, exposição que revela o olhar do artista sobre a clausura em época de isolamento social e que está disponível para visitação até janeiro do próximo ano na Galeria Archidy Picado, localizada no Espaço Cultural.

Outra ação importante desenvolvida pela Fundação foi o Ano Cultural José Lins do Rêgo. Instituído pelo Governo do Estado, o Ano Cultural visa celebrar os 120 anos de nascimento do escritor paraibano e autor da obra ‘Menino de Engenho’. Na Funesc, o calendário de ações se estendeu durante os 12 meses, sempre trazendo para o centro dos diálogos do ‘Painel Funesc’ uma obra de Zé Lins. Na abertura da programação, foi lançado ainda um concurso literário, em parceria com a Empresa Paraibana de Comunicação (EPC). O Concurso Literário José Lins do Rêgo selecionou cinco obras nas categorias conto, crônica, poesia, romance e literatura infantil.

O ‘Projeto Pé no Espaço’, fruto de uma parceria com a Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac), oportunizou dezenas de reeducandos a visitarem os equipamentos culturais da Funesc. Para muitos, foi a primeira oportunidade de desfrutar de uma programação cultural. Durante as visitas os grupos puderam conhecer o planetário, o Cine Bangüê, o Teatro de Arena e a Gibiteca do Espaço Cultural.

Para os artistas em situação de vulnerabilidade social, foram distribuídas cestas básicas nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras e Cabedelo. 

Em sua quarta edição, o Festival de Música da Paraíba foi pelo segundo ano consecutivo transmitido via web e televisão aberta, sem a presença física do público. A ação, que é uma parceria com a Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), revela e dá ênfase aos talentos da música paraibana.

Já a Biblioteca Juarez da Gama Batista fez a distribuição de mais de xx obras em xx bibliotecas municipais através do Sistema Estadual de Bibliotecas Municipais.

Algumas datas comemorativas também puderam ser celebradas, ainda que de forma adaptada para a atual situação de pandemia. Dia do Palhaço, com apresentações gratuitas em comunidades da grande João Pessoa; Aldeias Digitais, trazendo para o centro do diálogo no ambiente virtual questões ligadas à cultura indígena; Dia do Samba, com apresentação musical marcada por intérpretes e banda formada exclusivamente por mulheres; Espaço da Criança, com programação voltada para o público infantil; e a Mostra Feminina de Teatro, Dança e Circo – Matriz, que acontece todos os anos no mês de março em alusão ao Dia da Mulher.  

No ambiente virtual se fortaleceram ainda projetos que foram pensados como contraponto para o distanciamento e o enfraquecimento das ações culturais, à exemplo do ‘Painel Funesc’, com debates transmitidos via plataforma do Youtube; ‘Cine Bangüê Digital’, com sessões de curtas metragens; ‘De Repente na Rede’, uma adaptação do ‘De Repente no Espaço’, trazendo a cultura do repente para o ambiente digital; Entrevista Funesc, recebendo semanalmente artistas para um bate-papo ao vivo no Instagram da Fundação; Cine Enem, abordando através de filmes conteúdos ligados ao Exame Nacional do Ensino Médio; Quintas Dialógicas, abordando diversos temas ligados ao fazer da cultura e da arte, com transmissão na TV Funesc; e ainda o programa ‘Espaço Cultural’, que também possui transmissão na Rádio Tabajara e traz em sua programação apenas músicas paraibanas.

O Presidente da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, Pedro Santos, ressalta que apesar dos inúmeros desafios de adaptação e responsabilidade com a retomada gradual das ações graduais, a equipe Funesc tem sido um grande exemplo, já que 100% de seus servidores foram vacinados e seguem as orientações dos protocolos de segurança com muito empenho.