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Funesc: chefa da galeria Archidy Picado vence Prêmio FOCO ArtRio

publicado: 30/09/2024 07h32, última modificação: 30/09/2024 07h32
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Chefa da galeria Archidy Picado, da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), em João Pessoa, a artista Cris Peres venceu o Prêmio FOCO ArtRio 2024. Anúncio foi feito durante a abertura do evento. Ela foi premiada pela ‘Residência Cabra – Ilha do Ferro’ (Maceió-AL).  A décima edição do prêmio, em parceria com o Instituto Cultural Vale, também premiou Carchíris (São Luís-MA), Desali xo (Belo Horizonte-MG), ⁠Patfudyda (Rio de Janeiro-RJ) e Xadalu Tupã Jekupé (Porto Alegre-RS). Evento na Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ) termina domingo, dia 29.

“Eu estou apresentando dois trabalhos no estande da FOCO: o ‘Levante número 1’ e ‘A memória do conforto’. São obras que dizem respeito às minhas pesquisas em escultura, a partir do tema da ressignificação visual e simbólica do objeto da cadeira. ‘A memória do conforto’ questiona quem tem direito ao descanso. E o ‘Levante’ tem uma cadeira ao contrário... São dois trabalhos bem políticos”, explicou Cris Peres.

Todos os vencedores participarão de uma residência artística em uma instituição parceira após a exposição na feira. Os artistas foram selecionados pelo Comitê Curatorial – formado pelos diretores das residências e pelo curador e crítico de arte, Bernardo Mosqueira, idealizador e diretor do Prêmio FOCO. As residências serão realizadas entre novembro de 2024 e agosto de 2025. O Prêmio FOCO ArtRio 2024 busca fomentar e difundir a produção de artistas visuais brasileiros com até 15 anos de carreira.

“O Prêmio da Arte Rio é muito importante pelo panorama que traz para a visibilidade da arte contemporânea do Brasil. Não só contemporânea quanto moderna. Foram cerca de 700 inscritos, inclusive fora do eixo Rio-São Paulo. Na hora da premiação eu me emocionei, fiquei muito emocionada quando ele anunciou o meu nome e anunciou também o nome da Paraíba”, disse a artista.

Cris Peres é artista multimeios, com mestrado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Sua produção investiga os binômios da presença e da ausência a partir da experimentação dos seus processos criativos, conduzidos pela apropriação de objetos industriais e/ou naturais e da ativação corporal. Busca refletir sobre o vazio por meio da perspectiva simbólica, representando-o materialmente na integração participativa entre espaço, matéria e contexto histórico. Atualmente, é chefa da galeria Archidy Picado, na Funesc.

“A galeria sempre foi área de interesse e de produção artística para mim. A Funesc sempre foi lugar de muito afeto para mim e um grande presente. Também é um lugar de pesquisa. Tudo isso faz parte de meu campo de interesse e estou muito feliz em poder atuar como artista e na gestão da galeria. São coisas que se completam”, declarou Cris Peres. A galeria fica localizada na Funesc (avenida Abdias Gomes de Almeida, 800 – Tambauzinho).

Os trabalhos de Cris Peres são formados por linguagens variadas, como a gravura aliada a escultura (gravuras-objeto), desenvolvida a partir da hibridização técnica, instalação e performance. Suas exposições selecionadas incluem três individuais: ‘Vocabulário do vazio’ (2019); ‘Área de risco’ (2021); e ‘Fragile’ (2023). Também tem participação em coletivas em João Pessoa (PB), Recife (PE) e São Paulo (SP). Foi componente do Exercício Ka'a (2022), com curadoria de Allan Yzumizawa, realizado na Arapuca Arte Residência (Conde-PB).

Entre as exposições coletivas, Cris Peres tem em seu currículo ‘Em nosso nome I’ (realizada na galeria Archidy Picado), e ‘Vamos de mãos dadas’ e ‘Poéticas Relacionais - Espaço Relacional’ (dentro do Projeto Panapaná), ambas também na Galeria Archidy Picado).  Já recebeu diveras premiações, como o Prêmio Aquisição Amelinha Theorga Aldir Blanc Paraíba (2021), Prêmio Aquisição Hermano José Aldir Blanc Paraíba (2021), Prêmio residência artística Vozes Agudas (2021) e Prêmio Estímulo 18 Salão Ubatuba de Artes Visuais (2023).