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Mês das Mulheres
Flaira Ferro faz show no ICA, em Cajazeiras, neste sábado (19)
Neste sábado, dia 19, às 20h, Flaira Ferro estará no palco do teatro Íracles Pires (ICA), na cidade de Cajazeiras, no sertão paraibano. Ela fará o show ‘Virada na Jiraya’, dentro da programação do Mês das Mulheres (série de atividades da parceria entre Fundação Espaço Cultural e Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana – SEMDH). A cantora e compositora pernambucana mostrará canções plenas de bandeiras feministas em um show pulsante.
“Esse show é o meu primeiro no sertão da Paraíba. Estou muito feliz e muito empolgada por estar levando meu trabalho para Cajazeiras. Vamos levar um show com banda. Guitarra, baixo, bateria e sintetizadores. O repertório será o disco ‘Virada na Jiraya’. Um show bem rock’n’roll, animado e pra frente. Vai ser uma delícia. Tenho certeza de que todo mundo vai sair melhor do que quando chegar”, disse Flaira.
O disco ‘Virada na Jiraya’ é uma produção independente com 12 faixas e conta com as participações de Chico César na música ‘Suporto perder’, do pianista Amaro Freitas em ‘Maldita’ e das compositoras Isaar, Ylana, Sofia Freire, Paula Bujes, Laís de Assis e Aishá Lourenço na música ‘Germinar’. Produção musical e arranjos são de Yuri Queiroga (que já produziu Elba Ramalho, Pedro Luís e Lula Queiroga), exceto na faixa ‘Coisa mais bonita’, produzida por Pupillo.
‘Coisa mais bonita’ foi a primeira música a ser lançada em março de 2018 e teve repercussão viral na internet abordando a temática da liberdade sexual da mulher. Depois foi a vez de ‘Revólver’, unindo o frevo à sonoridade do rock eletrônico. Também ‘Suporto perder’, com a participação de Chico César, que também recebeu o feat de Flaira no disco ‘O amor é um ato revolucionário’ cantando na faixa ‘Cruviana’.
Com letras que levam à reflexão e com um humor ácido e contundente, o repertório de Flaira une rock, frevo, samples e beats eletrônicos em atmosfera dançante e combativa. Influenciada por artistas como Tom Zé, Rita Lee, Ave Sangria, Bjork, Chico César e Gilberto Gil, Flaira traz canções que representam diferentes estados de humor atravessando ironia, raiva, otimismo, discursos políticos e existenciais.
“Eu tenho uma visão da arte como uma grande ferramenta de transformação social e de transformação do pensamento. O que eu componho está muito ligado ao que vivo. Canto as dores e as alegrias das coisas que me atravessam. É uma arte muito política porque quando a gente se entende mulher em uma sociedade machista, patriarcal e misógina tem uma luta que a gente só ao nascer já está convocada para lutar. Minha relação com a militância e com o feminismo tem a ver com o desejo de que se encerre esse ciclo de violências, assédios e abusos do sistema opressor”, comentou Flaira Ferro.
O nome do álbum traduz a força desse anseio. “Virada na Jiraya” faz alusão ao jargão popular e humorado de estar em fúria. Para Flaira, o título sintetiza o movimento interno do extravasamento. Conforme a própria artista, também é uma alusão ao empoderamento mediante a busca pelo equilíbrio e capacidade de realização defronte à dificuldade, uma vez que ‘Jiraya’ remete à ação executada com precisão de um ‘ninja’.
Distribuição de ingressos para o show de Flaira Ferro será no próprio sábado, na bilheteria do ICA (uma hora antes do início da apresentação). Cada pessoa pode retirar até dois ingressos. Até o dia 31 deste mês, exposição, oficinas, espetáculos, mostra de filmes franceses e apresentações musicais marcarão a programação do Mês das Mulheres, em João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Patos e Cajazeiras.
Ainda na área musical a programação do Mês das Mulheres inclui show de Cátia de França, no dia 26, em João Pessoa. Sábado passado, dia 12, teve apresentação de Luana Flores no cine-teatro São José, em Campina Grande. No último dia 5, a cantora maranhense Flávia Bittencourt abriu a programação com um show no teatro Paulo Pontes, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba, em João Pessoa.
Flaira Ferro – Em 2015 Flaira Ferro lançou o CD ‘Cordões umbilicais’, seu primeiro trabalho. Disco contou com dez músicas autorais e um poema composto pelo pai, interpretado por ele e por sua mãe. A faixa ‘Me curar de mim’ alcançou enorme projeção após ser compartilhada pelo ator Reynaldo Gianecchini. O CD contou com a participação do maestro Spok, arranjos e direção musical de Leonardo Gorosito e Alencar Martins.
Flaira acumulou diversos prêmios e começou a excursionar por países como Alemanha, França, Suíça, Inglaterra, Portugal, Itália, Argentina, Peru, China, Índia e Estados Unidos. Em 2018 causou polêmica ao lançar o clipe da música ‘Coisa mais bonita’, com cenas eróticas sobre a sexualidade feminina. O clipe foi retirado do YouTube no dia seguinte à publicação e retornou com restrição de idade, graças a uma campanha nas redes que agregou a sociedade.
Em 2019 lançou o CD ‘Virada na Jiraya’ com 12 faixas de forma independente. Participaram do CD, Chico César na faixa ‘Suporto perder’, o pianista Amaro Freitas na faixa ‘Maldita’ e as compositoras Isaar, Ylana, Sofia Freire, Paula Bujes, Laís de Assis e Aishá Lourenço na faixa ‘Germinar’.