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Prêmio Literário José Lins do Rego 2022
Editora A União e Funesc lançam obras comtempladas
A Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), por meio da Editora A União, promove, em parceria com a Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (Funesc), o lançamento das cinco obras selecionadas pelo Prêmio Literário José Lins do Rego. O evento acontece nesta terça-feira (20), a partir das 19h, no Auditório 1 do Mesanino 2 da Funesc, com a participação dos autores e autoras dos livros, que receberão os seus prêmios durante a cerimônia.
O Edital Público, que tem o objetivo de reconhecer e revelar talentos e estimular o surgimento de novas obras no cenário literário paraibano, foi dividido em quatro coleções, contemplando cinco categorias, são elas, Riacho Doce (romance) Gordos e Magos (conto e crônica), Pureza (poesia) e Velha Totônia (infantojuvenil).
Na ocasião, serão lançados o romance Menino de Vila Operária, de José Luiz Gomes da Silva; o conto Et lucifer oriatur in cordibus vestris, de Natã Yanez; a crônica Meu livro é um fracasso de vendas e outras crônicas, de Fábio Mozart; a poesia Sou eu lírico, de Cley Tornado e Descobrimento, de Rafael Vasconcelos.
Parceria - A consolidação da parceria entre a EPC e a Funesc engrandece o processo de implementação de políticas públicas direcionadas à cultura paraibana, neste caso específico, na área literária. A realização de importantes meios de fomento, descentralização e divulgação dos artistas, seja por meio dos concursos públicos, das caravanas literárias ou de projetos como o Agosto das Letras, fortalece a relação entre o poder público e os ativistas culturais, proporcionando novas perspectivas de ações artísticas imprescindíveis para a sociedade.
Sobre as obras - O romance Menino de Vila Operária, de José Luiz Gomes da Silva, apresenta ao leitor, em suas 176 páginas, as memórias de um filho de trabalhadores de uma grande indústria têxtil, destacando os aspectos socioeconômicos do lugar em que vivia e que, sobretudo, impactaram a sua vida. Além disso, ganham destaque eventos cotidianos como as brincadeiras, as lendas, as aventuras e as projeções infantis. Dividido em três partes intituladas “A fábrica”, “A vila” e “Monte Castelo Futebol Clube”, o livro traz cenários diversos e agrega personagens com traços demasiadamente humanos.
Et lucifer in cordibus vestris é o título do livro de autoria de Natã Yanez, que apresenta, em suas 64 páginas, dez contos autônomos, embora seja possível perceber um desenho, em forma de mosaico, construído pelo todo da narrativa. Traz excentricidade nas reflexões que provoca acerca do sagrado, do profano, do certo e do errado, proporcionando ao leitor (im)possíveis (re)leituras.
A categoria crônica premiou a obra Meu livro é um fracasso de vendas e outras crônicas, de Fábio Mozart, que retrata, através de 67 crônicas, distribuídas em 196 páginas, histórias cotidianas que envolvem o leitor pelo humor e criticidade do seu narrador. Explorando horizontes que aproximam eventos como a observação de uma árvore de imbaúba, que nasceu no muro do seu quintal, e os desdobramentos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o autor faz um relato sincero e, ao mesmo tempo, poético de suas vivências.
Intitulada Sou eu lírico, a obra vencedora da categoria poesia, de Cley Tornado, é dividida em três capítulos temáticos, “Egotrip”, “Sequência Poética I” e “Sequência Poética II”; o livro reúne 45 poemas que exploram aspectos relacionados a vivências, sonhos, amor e desamor, sentimentos, relacionamentos e temas mais complexos, a exemplo de racismo estrutural e violência doméstica, entre outros. Um trajeto sensível e necessário disponível nas 72 páginas da publicação.
No livro infanto-juvenil Descobrimento, de Rafael Vasconcelos, o leitor vai perceber como, com delicadeza, o autor apresenta as possibilidades infindáveis da imaginação, da percepção e do sentir tão intrínsecos ao público infantojuvenil, a quem a obra se destina. Dividida em três partes: “Litoral”, “Campo” e “Cidade”, traz 41 poemas dispostos em 66 páginas e permite uma viagem que encanta o leitor. O livro é enriquecido, visualmente, por belíssimas aquarelas do próprio autor.