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Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é comemorado com lives de Cátia de França e Tássia Reis na Paraíba
publicado:
26/07/2020 11h29,
última modificação:
26/07/2020 11h34
Em meio a discursos de luta antirracismo, memórias afetivas e interação, o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (Dia de Tereza de Benguela), foi comemorado na Paraíba com shows virtuais das cantoras Cátia de França e Tássia Reis. A ação, chamada ‘Julho das Pretas’ pelo movimento social de mulheres negras, teve adesão do governo do Estado, que possibilitou o show por meio de parceria da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana com a Fundação Espaço Cultural da Paraíba.
As transmissões foram feitas ao vivo no canal da Fundação Espaço Cultural da Paraíba no Youtube (https://www.youtube.com/funescpbgov), na noite deste sábado e os vídeos continuam disponíveis. A apresentação foi feita pela artista de dança Mariana Uchôa.
Ao falar sobre o evento virtual, nova tendência em tempos de pandemia do covonavírus, a secretária Lídia Moura destacou que a SEMDH está se empenhando para fundar no Estado o Centro de REferência da Igualdade Racial que vai atuar no combate ao racismo e à intolerância religiosa. “Nesta data tão importante aprendemos com o manifesto das mulheres negras, com o povo negro, que enquanto houver racismo não haverá democracia. Por isso, atuamos junto com a sociedade, nessa luta que é pura resistência”. Ela agradeceu à participação das cantoras, à equipe da Funesc e ao governador João Azevedo por sua postura antirracista.
Lenda viva da música regional brasileira, com mais de 40 anos de carreira, a paraibana Cátia de França abriu a noite. Sua transmissão contou com participação remota do perfil da cantora Elba Ramalho, que fez questão de interagir em alguns momentos, demonstrando admiração pela conterrânea.
Cátia de França fez questão de abrir o show com a canção ‘Negritude’, bem oportuna para o momento. O repertório incluiu sucessos como ‘Rio Capibaribe’, ‘Geração’, ’20 Palavras Girando ao Redor do Sol’, ‘Kukukaya’, entre outros.
Já a cantora Tássia Reis, uma das primeiras rappers mulheres da nova música brasileira, abriu o show afirmando que ‘a mulher negra é o pilar deste país’. Em seguida, cantou ‘Amora’, uma das canções de seu mais novo álbum, ‘Próspera’, que dominou o repertório.
Vozes negras importam
A programação do Julho das Pretas começou com a série de lives Vozes Negras Importam, no último dia 8, pelo Instagram da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (@semdggovpb). A série foi criada para homenagear as mulheres negras do Estado, desde ativistas, artistas, professoras, cientistas sociais até lideranças quilombolas e feministas negras, abordando temas como cultura, democracia, luta antirracista, educação e o enfrentamento das desigualdades em tempos de pandemias. Nas lives já foram ouvidas muitas vozes, como Terlúcia Silva, Luciene Tavares, Regina Trindade, Lourdes Teixeira, Jô Pontes, Vanda Menezes e muitas outras.