Notícias

Bia Cagliani destaca ações afirmativas em editais lançados pela Funesc

publicado: 17/11/2023 13h53, última modificação: 17/11/2023 13h53
WhatsApp Image 2023-11-17 at 11.56.29.jpeg

Presidenta da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), Bia Cagliani, participou nesta sexta-feira (17) do segundo dia da IV Conferência Estadual de Cultura da Paraíba, no Garden Hotel, na cidade de Campina Grande. Ela compôs a mesa do Eixo 6, voltada para a temática 'Direito às artes e linguagens digitais'. Também participaram como debatedores Kalyne Lima (CUFA), Laura Moreno (CEARTE) e Milton Dornellas (PRIMA).
Dezenas de profissionais ligados à cultura estiveram no auditório para assistir ao debate em torno da criação de espaços de diálogo, reflexão e construção sobre o papel das artes em sua diversidade e de acesso às linguagens artísticas e digitais no fortalecimento da democracia, incluindo também o debate sobre o papel do Estado brasileiro no desenvolvimento das redes produtivas das artes. A Conferência termina neste sábado, dia 18.
Bia destacou a importância de tornar a produção cultural cada vez mais inclusiva, atendendo a propostas e segmentos que costumam ter mais dificuldades no acesso aos editais. "Há bastante tempo a gente está colocando ações afirmativas nos editais: cota racial e para indígenas e ciganos, e 50% das vagas para mulheres", enfatizou a presidenta da Funesc.
Ele contou que os últimos editais realizados pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba foram regionalizados, por mesorregião administrativa. "E isso tem dado um resultado bem interessante. O edital de cinema, que encerra agora no dia 21, já tem gente de todas as regiões. O Panapaná, que termina dia 23, também é um edital regionalizado. A ideia é sempre ampliar as ações afirmativas, acrescentando PCDs", adiantou Bia.
A presidenta explicou que há uma inserção gradativa de segmentos nesse processo de inclusão. O planejamento, ainda de acordo com Bia Cagliani, é de que - ano que vem -  todas as ações afirmativas passem por uma grande ampliação, garantindo assim a maior diversidade dos eventos produzidos pela Funesc em todas as regiões do Estado da Paraíba.
Um dos desafios apresentados pela presidenta da Fundação nesse processo de ampliação dos editais é relacionado ao grau de dificuldade que diversos projetos têm diante da necessária burocracia para inscrições. "A gente pode colocar de maneira mais prática, ensinar como fazer isso. Há facilitadores para acessar esse recurso. Comprovante de cachê, por exemplo, é o documento que mais elimina pessoas de uma curadoria. Não tem como contratar sem ele", exclamou ela.
A falta de letramento digital e de acesso à Internet são problemas tão grandes quanto a falta de experiência e de conhecimento em torno dos trâmites fundamentais para aprovação em um edital. "São trâmites que estão dentro de uma legislação. E o gestor não pode descumprir ou ser irresponsável diante dessa legislação, mediante penalização.
"Esse é um trabalho feito de maneira coletiva, a partir de uma política que está disposta a colocar as ações culturais cada vez mais acessível nos 223 municípios paraibanos, permitindo assim um grau ainda mais elevado de diversidade nas nossas manifestações artísticas", finalizou Bia Cagliani, presidenta da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc).