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Bangüê exibe e debate ‘A serena onda que o mar me trouxe’ com presença do diretor

publicado: 10/07/2024 07h43, última modificação: 10/07/2024 07h45
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O Cine Bangüê da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) terá a estreia do longa-metragem ‘A serena onda que o mar me trouxe’, em uma sessão especial nesta quinta-feira, dia 11, às 19h (com a presença do diretor Edson Ferreira em um debate após o documentário). Edson é o primeiro homem negro a dirigir um longa de ficção no Estado do Espírito Santo.

Filme traz a história de um homem negro, pobre e da periferia, que ingressou na Marinha na década de 1940 e explorou o mundo... Esse filme capixaba apresenta - de forma documental e poética - a história de Edson Silva (1930-2018), pai do cineasta Edson Ferreira. Mediação do debate será feita pela cineasta Carine Fiúza. Filme também terá sessões sábado, dia 13, às 15h; e nos dias 16 (às 19h), 21 (às 17h) e 28 deste mês (às 17h).

Produzido pela Filmes da Ilha, ‘A serena onda que o mar me trouxe’ já passou por festivais em Porto Alegre (RS), São Luís (MA) e Afogados da Ingazeira (PE). O filme também entrou no circuito comercial em Salvador (BA) e Maceió (AL) e estreará em breve em Aracaju (SE), local de nascimento do protagonista.

Edson Ferreira, que em 2014 se tornou o primeiro homem negro a dirigir um longa-metragem de ficção no Espírito Santo - com ‘Entreturnos’ - faz parte de um movimento crescente de cineastas que trazem à tona as narrativas negras e indígenas no cinema brasileiro. A obra é um testemunho poderoso desse movimento, revelando uma história de amor, carinho e legado.

“Trazer para as telas um protagonismo preto é permitir a quem sempre foi negligenciado a possibilidade de se ver nas telonas. Me junto às vozes de tantas e tantos realizadores negros para dizer: ‘queremos contar nossas próprias histórias’”, disse o cineasta capixaba Edson Ferreira.

Com 73 minutos, o filme de proposta afrocentrada traz a história de Edson Silva (1930-2018), pai do diretor, um homem nordestino, pobre e negro que se revelou como um Griô: sábio, conciliador e artesão das palavras. Um poeta, um artífice do afeto. Em uma viagem pela sua própria história, o diretor Edson Ferreira revisita o legado do pai.

Edson Ferreira é ator, cineasta e roteirista. Possui formação em teatro e é pós-graduado em Linguagens Audiovisuais e Multimídia. Ao longo de 20 anos de carreira, dirigiu os longas ‘Areia’ (2024), ‘A serena onda que o mar me trouxe’ (2023) e ‘Entreturnos’ (2014), coproduzido pelo Canal Brasil, quando se tornou o primeiro negro a dirigir um longa de ficção no Espírito Santo.

Como ator, seus principais trabalhos são no longa ‘Areia’ (2024), na série ‘Cidinha dá jeito’ (2019) e no curta ‘A mesa no deserto’ (2017). É fundador da Filmes da Ilha Produções e membro da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. Dirigiu também diversos curtas, videoclipes e séries.

Edson Silva, o personagem central de ‘A serena onda que o mar me trouxe’, nasceu em Aracaju (SE), em 1930. Aquele rapaz preto, pobre, franzino, dono de um olhar doce e determinado, ganharia o mundo ao ingressar na Marinha e conhecer lugares onde nunca imaginou pisar. Militar, técnico de futebol, esposo e pai.

Em cada um dos lugares onde aportou, era capaz de criar vínculos emocionais fortes, duradouros e profundos. Na simplicidade da sua existência, a herança cultural africana o vê como um Griô: sábio, conciliador, artesão das palavras, de grandeza traduzida num olhar capaz de extrair o que de mais belo poderia haver em cada pessoa.

A Filmes da Ilha Produções traz em seu portfólio obras de curta, média e longa-metragem de ficção e documentário, além de séries e videoclipes, com passagens por importantes festivais nacionais e internacionais e licenciadas em serviços de streaming como Canal Brasil, NOW, SPCineplay e TodesPlay. Também aplica oficinas de formação audiovisual, em parceria com instituições públicas e privadas do país.

A Borboletas Filmes é uma produtora e distribuidora de conteúdo audiovisual, voltada também para realização e gestão de projetos culturais, com expertise acentuada em temáticas identitárias.

Localizado no Espaço Cultural José Lins do Rêgo (Rua Abdias Gomes de Almeida, 800 – Tambauzinho), o Cine Bangüê tem 120 lugares, sendo 116 poltronas e 4 espaços para cadeirantes. Venda de ingressos apenas presencialmente e a bilheteria abre 1h antes da primeira sessão do dia. Os ingressos custam R$10 (inteira) e R$5 (meia), com pagamentos em espécie ou pix.