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‘Funesc na Rede’: concerto da OSPB com regência de maestrina paulista é exibido nesta quinta-feira
A Orquestra Sinfônica da Paraíba recebeu a maestrina paulista Ligia Amadio, uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade, para reger o concerto realizado no dia 18 de agosto de 2016, com a participação do premiado flautista paraibano Vítor Diniz como solista. A execução do “Concerto para Flauta e Orquestra, Op. 238”, do compositor alemão Carl Reinecke, nessa apresentação, será exibida nesta quinta-feira (26), às 20h, na programação online “Funesc na Rede”, pelo canal da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) no Youtube (www.youtube.com/funescpbgov).
O concerto fez parte do projeto “Mulheres Regentes”, uma iniciativa das regentes brasileiras Cláudia Feres, Erica Hindrikson, Ligia Amadio e Vânia Pajares com o objetivo de discutir o papel da mulher no mercado da música de concerto, buscando identificar os principais problemas enfrentados e apontar caminhos e soluções para melhores condições de trabalho a estas profissionais.
Online – Os concertos das orquestras profissional e Jovem da Paraíba foram suspensos durante a pandemia da Covid-19. Para suprir parcialmente essa ausência, a Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) passou a disponibilizar, em seu canal no YouTube (www.youtube.com.br/funescpbgov) compilações de melhores momentos de apresentações realizadas nas temporadas de anos anteriores. A ação integra a programação online intitulada “Funesc na Rede”.
Regente
Ligia Amadio – Notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Sua atuação estende-se por: Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Chile, Colômbia, Croácia, Cuba, Eslovênia, Estados Unidos, França, Islândia, Israel, Itália, Japão, Holanda, Hungria, México, Peru, Portugal, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Tailândia e Venezuela.
Premiada no Concurso Internacional de Tóquio (1997) e no II Concurso Latino-Americano para Regentes de Orquestra em Santiago do Chile (1998), em 2001 recebeu o prêmio “Melhor Regente do Ano” no Brasil, outorgado pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
Ligia Amadio atuou como regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica Nacional, entre 1996 e 2009. Por sua dedicação na direção da OSN, recebeu o título de “Cidadão Niteroiense”, em 2003, e a Comenda da Ordem do Mérito da Cidade de Niterói, no grau de Grande Oficial, em 2005.
Entre 2000 e 2003, ocupou a função de regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza, Argentina. Em 2003, recebeu os prêmios Lira à Excelência e Raízes, devido a seu trabalho à frente dessa orquestra. Em 2009, Ligia Amadio foi diretora artística e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, sendo laureada com a Medalha Carlos Gomes, concedida pela Câmara Municipal daquela cidade.
De agosto de 2009 a dezembro de 2011 foi regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP). Em 2011, Ligia Amadio foi indicada para o prêmio Carlos Gomes em duas categorias, por seu trabalho à frente da OSUSP, e, em 2012, foi premiada na categoria “Regente”. Entre 2010 e 2014, ocupou a direção titular e artística da Orquestra Filarmônica de Mendoza.
Em 2014, a maestrina trabalhou à frente da Orquestra Filarmônica de Bogotá, realizando uma temporada completa dedicada à Música do Século XX. Regeu um total de 42 concertos aclamados pelo público e pela crítica especializada, devotados à música contemporânea.
Sua discografia reúne 11 CDs e cinco DVDs: à frente da Sinfônica Nacional, da Sinfônica da Rádio e Televisão Eslovenas e da Sinfônica de Mendoza, na Argentina. Entre eles, destaca-se a realização da coleção Música Brasileira no Tempo.
Ligia Amadio iniciou sua formação musical aos cinco anos de idade. Realizou estudos regulares no Colégio Dante Alighieri e, após haver concluído o curso de Engenharia de Produção na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em 1985, realizou o Bacharelado em Música – com habilitação em regência – e o Mestrado em Artes na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). No Brasil, seus principais mentores foram Henrique Gregori, Eleazar de Carvalho, H.J. Koellreutter e Almeida Prado.
Sua formação também incluiu os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral, a exemplo da Accademia Chigiana (Itália), International Bartók Seminar (Hungria), Wiener Meisterkürse für Musik (Áustria), International Opera Workshop (República Tcheca), Peter the Great International Workshop (Rússia), Curso Interamericano para Jovenes Directores de Orquesta (Venezuela), Curso Latino-Americano de Regência Orquestral (São Paulo) e Kirill Kondrashin Masterclass (Holanda), onde foi premiada, regendo no Concertgebouw de Amsterdam, a Netherlans Radio Television Symphony Orchestra.
No Brasil, tem sido convidada para atuar à frente das mais importantes orquestras, tais como: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo, Orquestra Sinfônica Brasileira, Amazonas Filarmônica, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica do Estado do Paraná, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, Orquestra Sinfônica do Teatro São Pedro, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Orquestra Sinfônica Petrobras Pró-Música e a Orquestra Sinfônica da Paraíba. Dirigiu também inúmeras orquestras em outros países.
Solista
Vítor Diniz – Nascido em 1984, em João Pessoa, o paraibano iniciou aos 12 anos o estudo de flauta transversa com os professores Luceni Caetano e Gustavo Paco de Géa. Pouco tempo depois participou de turnês orquestrais para a Argentina, os Estados Unidos e Portugal. Aos 17 anos mudou-se para a Alemanha, onde estudou com Angela Firkins, Jean-Claude Gérard e Renate Greiss-Armin nas universidades de Lübeck, Stuttgart e Karisruhe. Atento à música de seu país, escolheu como tema de mestrado pela Hochschule für Musik Karlsruhe: “A flauta na música de câmera de Villa-Lobos”.
Vítor foi premiado como solista da Orquestra Sinfônica Brasileira no Teatro Municipal do Rio de Janeiro por ocasião do Concurso Nélson Freire OSB 2010. Em âmbito internacional, recebeu em 2007 o segundo prêmio e o prêmio de melhor interpretação da música especialmente escrita para o Volos Internacional Flute Meeting na Grécia.
Em 2010 e 2011, foi premiado junto com sua aluna Pauline Floreani nos Concursos Azumi. Em 2012, como integrante do Poetrio Brasilis, recebeu o segundo prêmio, o primeiro não foi outorgado, assim como o prêmio do público no II Concurso Internacional de Música de Câmera com Violão em Aschaffenburg – Alemanha.
Como músico orquestral, colaborou dentre outras com a Stuttgarter Philharmoniker, a Lüneburger Sinfoniker, a Heilbronner Sinfoniker, a Südwestdeutsches Kammerorchester Pforzheim, a Gustav Mahler Orchesterakademie e a Junge Oper da Staatsoper Stuttgart, sob a batuta de maestros como Sir Roger Norrington, Zsolt Nagy, Gustav Kuhn e Radoslaw Szulc. Apresentou-se na Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Escócia, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Itália, Inglaterra, Polônia, Portugal e Suíça.
Em diferentes oportunidades teve a chance de apresentar peças trabalhadas com os próprios compositores, como György Kurtág, Ernst Mahle, Daniel Schnyder, Slavador Brotons, Younghi Pagh-Paan e Viviane Waschbüsch. Vítor foi bolsista da Fundação Vitae (SP), do Rotary Club Bad Oldesloe e da Fundação Yehudi LMN (Alemanha). Aulas com Barthold Kuijken, James Galway, Davide Formisano e Alain Marion completam sua formação.
Além da prolífica carreira artística, Vítor é também um requisitado pedagogo, ministrando cursos de flauta em universidades brasileiras como a UFPB, UFRN, UFBA, UFU-MG, UEMG e UNIRIO. Desde 2015 leciona na Escola de Música de Stuttgart, na Alemanha, tendo alunos premiados em diversos concursos.
Serviço
Orquestra Sinfônica da Paraíba
Concerto realizado em 18 de agosto de 2016
Regência: Ligia Amadio
Solista: Vítor Diniz
Exibição: 26/11/2020, às 20h
TV Funesc: www.youtube.com.br/funescpbgov